domingo, 13 de dezembro de 2009

No filme sonhos o cineasta Akira Krosawa presta uma bela homenagem ao pintor holandês Vicent Willem Van Goggh, ao fazer com que um jovem penetre nas telas e passeio pelos locais por ele retratados, inclusive o famoso “Campo de trigo com Corvos! Nessa narração Sonhos ele nos brinda com um verdadeiro poema onde é tratado vários temas nesse capitulo a arte.

Ao longo da vida Vicent Van Gogh escreveu mais de 750 cartas ao irmão Theodore mais novo de que ele 4 anos, por quem foi sustentado durante muito tempo.Essas cartas trata-se das suas criatividades do seus relacionamento com amigos e também da sua doença. Essas cartas temos aqui no Brasil chamada cartas a Theo livro de edições de bolso.

Á irmã wilhelmina , Arles, 30 de março de 1888

“Mas intensificando todas as cores chegamos mais uma vez à quietude e harmonia. Ocorre na natureza alguma coisa semelhante ao que acontece na música de Wagner, que, embora tocada por uma grande orquestra, é intimista. Só que, ao fazer uma escolha, preferimos efeitos ensolarados e coloridos, então há nada que me impeça de pensar que no futuro muitos pintores irão trabalhar nos países tropicais. Você poderá ter uma idéia da evolução na pintura.”

Comparando o texto com o filme percebemos que tem muito em comum; o artista que gosta de pintar apreciando a natureza e os país tropicais que tem muito a oferecer já que apreciam a música poderão apreciar também a natureza.

Imaginação

A Émile Bernard, Arles, abril de 1888

“A imaginação é certamente uma faculdade que devemos desenvolver, e só ela nos pode levar à criação de uma natureza mais exaltadora e consoladora do que o rápido olhar para a realidade – que em nossa visão está sempre mudando, passando como um relâmpago.”

Nesta carta trata- se da imaginação, que um pintor deve trabalhar sua imaginação para desenvolver seu trabalho artístico sobre a natureza de uma forma consoladora.

Deve olhar a realidade e permanecer com a mesma imaginação até concluir a obra.

A Theo, Arles, s/data

De qualquer modo, colocando de lado o direito e a justiça, uma mulher bonita é uma maravilha viva, ao passo que os quadros de Da Vinci ou Correggio só existem por outras razões. Por que sou tão pouco artista que sempre lamento a estátua e o quadro que não

estejam vivos? Por que compreendo melhor o músico, por que vejo melhor a razão de ser de suas abstrações?

Vincent, quer dizer que seria melhor artista se pudesse fazer uma obra viva ou seja é tão bom artista que deseja que suas obras tivesse vida. Mas, em comparação a música ele entende melhor pois vê a razão na própria performance do cantor.

A Theo, Arles, s/data [c. setembro de 1888]

“Se estudarmos a arte japonesa, veremos um homem que é indubitavelmente sábio, filósofo e inteligente, que passa seu tempo fazendo o quê? Estudando a distância entre a Terra e a Lua? Não. Estudando a política de Bismarck? Não. Estudando uma única folha de grama. “Ora vejamos, não é quase uma verdadeira religião o que nos ensinam esses japoneses simples, que vivem na natureza como se eles próprios fossem flores?

Mas essa folha de grama leva-o a desenhar todas as plantas, depois as estações, os amplos aspectos das paisagens, depois os animais e então o rosto humano. Assim passa ele a sua vida, e a vida é demasiada curta para fazer tudo. “

Nessa narrativa nos lembra do filme o pintor contemplando a natureza para depois pintar , demonstrando assim que os japonês nos dar uma lição de como ser sábios e simples ao mesmo tempo.Não é triste o fato de que os Monticellis não foram ainda reproduzidos em boas litografias, ou águas-fortes vibrantes? Eu gostaria muito de saber o que diriam os artistas se um gravador como o que gravou os Velásquez fizesse também uma bela água-forte deles. Não importa, acredito que é mais dever nosso tentar admirar e conhecer as coisas por nós mesmos do que ensiná-las às outras pessoas. Mas as duas coisas podem coexistir. ......”

No século XIX os artistas começaram a responder critica e escrever artigos explicando a própria arte dando ali um modelo tanto para o publico como para o especialista essa época de como era pintada as obras podemos notar no filme a coleção de obras do pré-impressionismo de Vincent. Que expressa sentimento humano, pintura dramática cores irreais é vibrante, pasta grossa, martelada áspera, técnica violenta, usava o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, ele reduziu os efeitos da luz e usou zonas de cores bem definidas, assim como mostra no filme.

A Émile Bernard, St Rémy, início de dezembro de 1889

(...) Por isso, estou trabalhando no momento entre as oliveiras, buscando os efeitos variados de um céu cinzento contra um chão amarelo, com uma nota verde-escuro da folhagem; em outra ocasião, o chão e a folhagem são de um tom violeta contra um céu amarelo; em outra ainda, um vermelho-ocre no chão e um verde-rosa no céu. Sim, certamente isso me interessa muito mais (...)

Aqui, Van gogh conta na carta sua intimidade com a natureza e as cores, demonstrando assim o seu modo de ver o que lhe inspira, como diz no filme.“só é capaz de pintar aquele se envolve com a natureza, que a admira e segue a beleza que ela tem a oferecer.”

Trecho do filme Sonhos, de Akira Kurosawa

Click no link abaixo e assista o filme


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Arte e Beleza
Arte Surrealista

Quando olhamos uma obra de arte, podemos ver o mundo através do olhar do artista, conhecer a cultura de um povo ou o pensamento de um determinado período. Ao longo desse bimestre fizemos uma pequena viagem pelo mundo das pinturas conhecemos vários artistas e obras, e pudemos apreciar a beleza em cada obra que vimos de diferentes períodos. Nessa exposição você vai encontrar obras com sabor caipira é o que encontramos em varias criações de uma das maiores pintoras;Tarsila do Amaral que será uma pequena viagem para observar toda a beleza nas obras da artista e também do brasilista José Ferraz de Almeida Júnior, como Tarsila tem inspiração caipira.
Nomiei Tarsila por que, ela possui um belo acervo de obras que estão divididos em todo o mundo. E depois de tanto estudar artistas estrangeiro e por fim poder estudar os brasileiro, escollhi Tarsila e Almeida júnior, por que são pintores que pintou obras surrealistas bem depois do impressionismo que vimos na semana anterior as obras de Manet Édourd A música na talherias, Olímpia, Almoço na relva e em seguida, Pós-impressionismo como Van Gogh que vimos no filme sonhos Akira Kurosaura continuando mas, não artista estrangeiro e sim brasileiro temos então dois deles Tarsila é Almeida Júnior.
Tarsila do Amaral nasceu em 1886 na fazenda São Bernardo em Capivari, interior de São Paulo, e faleceu na capital do Estado em 1973, permanecendo, ao longo de seus 87 anos de vida, sempre à frente de seu tempo.De família abastada, teve uma infância paradoxal, vivendo simultaneamente um cotidiano de menina rica (pois tudo o que sua família usava – roupas e utensílios – vinha diretamente da Europa), e crescendo entre bichos e plantas, em meio a paisagens simples e de gente humilde, na fazenda onde morava.
José Ferraz de Almeida Junior (1850-99). Nascido em Itu (SP) e falecido tragicamente em Piracicaba, no mesmo Estado. Demonstrando desde a mais tenra idade inclinações artísticas, teve no Padre Miguel Correa Pacheco seu primeiro incentivador,
O Violeiro era figura notória da cidade, misto de enfermeira e dançarina num cabaré local. De inspiração outra são, evidentemente, as várias figurações de Maria Laura que perpassam por sua produção: porque Maria Laura é A Noiva (1886), ela é quem simboliza A Pintura, no quadro, de 1892, hoje na Pinacoteca de São Paulo
Tarsila foi uma modernista: pintou o Brasil, desrespeitou normas clássicas da pintura
nacional e encheu suas telas de cores, muitas cores, conseguindo traduzir em tons vibrantes todas as sombras de um país que, segundo a sua própria visão apurada, “também é caipira.Rosa azuis e tons quentes é o que encontramos nas obras da pintora a primeira fase de Tarsila segue um curto período antropofágico( Abaporu,1928 )com redução de cores e de elementos, imagens oníricas e atmosfera surrealista. A viagem á Rússia, em 1931, está na origem de uma brusca mudança social em sua obra (Operário, 1933).